segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Economia


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PIB do Brasil no 1º semestre tem maior alta em 15 anos
A economia nacional acumulou crescimento de 8,4% no primeiro semestre do ano, a maior taxa para o período desde 1995, segundo levantamento da Serasa Experian divulgado nesta segunda-feira. No entanto, a pesquisa já mostra uma desaceleração no segundo trimestre.
No primeiro trimestre houve avanço de 2,7% e entre abril e junho a alta foi de 0,6%, em relação aos três meses anteriores, com ajuste sazonal. Em junho, o Produto Interno Bruto (PIB) teria crescido 6,7% ante o mesmo mês de 2009, enquanto em maio o mesmo tipo de comparação atingia 8,1% e em abril 8,9%.
"O ritmo de 8,4% atingido pela economia brasileira durante o primeiro semestre dificilmente irá se repetir na segunda metade deste ano", afirmaram economistas da Serasa Experian em nota. A desaceleração ocorreria pela maior base de comparação no segundo semestre do ano passado, quando o País mostrava recuperação ante a crise global.
Além disso, a entidade destaca a ausência dos estímulos fiscais para aquisição de veículos e outros bens duráveis e as taxas de juros mais elevadas como motivos para a diminuição do ritmo de crescimento até o fim do ano.
Setores
De acordo com a entidade, o avanço no primeiro semestre só não foi maior por causa da alta de 37,7% nas exportações (que entram como fator negativo no cálculo do PIB). Já o consumo das famílias, que possui o maior peso, avançou 7,9%. Os investimentos (formação bruta de capital fixo) foram o destaque, com acréscimo de 26,7% frente ao mesmo período do ano passado.
O setor industrial apresentou expansão de 13,3% nos primeiros seis meses do ano. A agropecuária teve alta de 7,5% e o setor de serviços exibiu evolução mais modesta, de 5,5%. Terra
Postado por Helena Stephanovckz

Política


Getúlio e Lula: o mesmo combate

Há pouco mais de meio século – em 1954 -, em um dia 24 de agosto, morria Getúlio Vargas, o mais importante personagem da história brasileira no século passado. Ele havia sido antecedido na presidência do país por Washington Luis (como FHC, carioca recrutado pela elite paulista), que se notabilizou pela afirmação de que “A questão social é questão de polícia”, que erigiu como brasão de seu governo, produto da aliança “café com leite”, das elites paulista e mineira (essa que FHC queria reviver).Getúlio liderou o processo popular mais importante do século passado no Brasil, dando inicio à construção do Estado nacional, rompendo com o Estado das oligarquias regionais primário-exportadoras, e começando a imprimir um caráter popular e nacional ao Estado brasileiro.Um país que tinha tido escravidão até pouco mais de 4 décadas – o ultimo a terminar com a escravidão nas Américas - , que significava que o trabalho era atividade reservada a “raças inferiores”, passava a ter um presidente que interpelava os brasileiros no seu discurso com “Trabalhadores do Brasil”. Fundou o Ministério do Trabalho, deu inicio à Previdência Social, fazendo com que a questão social passasse de “questão de policiai”, a responsabilidade do Estado.Começou a aparelhar o Estado para ser instrumento fundamental na indução do crescimento econômico que, junto às políticas de industrialização substitutiva de importações, deu inicio ao mais longo ciclo de expansão da história do Brasil. Promoveu a expansão da classe operária, criou as carreiras públicas no Estado, impulsionou a construção de um projeto nacional, de uma ideologia da soberania nacional, organizou um bloco de forças que levou a cabo o processo de industrialização, de urbanização, de modernização do Brasil.Getúlio pagou com sua vida a audácia da fundação da Petrobrás, no seu segundo mandato. Foi vítima dos tucanos da época, com o corvo mor Carlos Lacerda como golpista de plantão. Tal como agora, detestavam tudo o que tivesse que ver com o povo, com nação, com Estado. Resistiram à campanha “O petróleo é nosso”, como entreguistas e representantes do império norteamericano aqui. A direita nunca perdoou Getúlio.Os corvos daquela época – tal como os de hoje – desapareceram na poeira do tempo. Seu continuador, FHC, afirmou que ia “virar a página do getulismo”, porque sabia que o neoliberalismo seria incompatível com o Estado herdado do Getúlio. Fracassou seu governo e o projeto de Estado mínimo dos tucanos.A figura de Getúlio permanece como referência central do povo brasileiro e se revigora com o governo Lula. Com a consolidação da Petrobrás, com a retomada do papel do Estado indutor do desenvolvimento econômico, da afirmação dos direitos sociais dos trabalhadores e da massa da população.São Paulo, que promoveu uma tentativa de derrubada do Getúlio em 1932 – movimento caracterizado por Lula como uma tentativa de golpe -, promove Washington Luis e o 9 de Julho (de 1932), com nomes de avenidas, estradas e ruas, mas não tem nenhum espaço público importante com o nome do Getúlio. Não por acaso São Paulo representa hoje o ultimo grande bastião da direita, das forças e do pensamento conservador, no Brasil.Getúlio foi um divisor de águas na história brasileira, como hoje é Lula. Diga-me o que pensa de Getúlio e de Lula e eu te direi quem você é politicamente. O dia 24 de agosto encontra o Brasil reencontrado com o Estado nacional, democrático e popular, com a soberania na política externa, com o regaste do mundo do trabalho, com mais uma derrota da direita. O fio condutor da história brasileira passa pelos caminhos abertos e trilhados por Getúlio e por Lula.
Postado por Emir Sader em 23/08/10 às 04:08

sábado, 21 de agosto de 2010

Política

Datafolha dá números iguais aos apontados pelo Vox Populi e Ibope

Mas seu presidente, Mauro Paulino, insiste em dizer que o fato de não trabalhar para políticos os torna diferentes
iG São Paulo 21/08/2010 18:29

Os interessados em acompanhar a curva de intenção de votos na eleição presidencial deste ano, tinham diante de si, até um mês atrás, dois cenários aparentemente inconciliáveis. O Vox Populi e o Ibope colocavam a candidata Dilma Rousseff, do PT, à frente de José Serra, do PSDB. E o Datafolha registrava empate entre os dois. Parecia que alguma coisa estava errada -- ou com o Vox Populi e o Ibope, ou com o Datafolha. O iG, que publica juntamente com a Band as pesquisas do Vox Populi, procurou os institutos para entender a origem do conflito de dados. Vox Populi e Ibope explicaram que eles e o Datafolha usam metodologias diferentes. E listaram os efeitos de cada uma sobre o resultado final. O Vox Populi chegou a preparar a pedido do iG uma simulação feita com seus números, baseada nas opções metodológicas do Datafolha – e conseguiu reproduzir em laboratório o tal empate entre Serra e Dilma.
Mauro Paulino, diretor-presidente do Datafolha, só aceitou dar entrevista ao iG por escrito. Em meio às explicações sobre as diferenças envolvendo os resultados das pesquisas, inclui a seguinte frase:
-- “(O Datafolha) é o único instituto que não vende pesquisas eleitorais para partidos políticos e instituições financeiras”.
O Datafolha realmente não trabalha para partidos políticos. Vox Populi e o Ibope trabalham. Há quem possa ver alguma maldade na utilização do verbo “vender”. Mas isso não deve ser levado em conta. O importante é notar aquilo que já se tornou um mantra do Datafolha, reproduzido com insistência em algumas colunas políticas, em blogs e até em mensagens difundidas via twitter: o Datafolha não trabalha para partidos políticos.
De duas, uma. Ou a frase não quer dizer nada e é repetida sem necessidade -- ou quer dizer sim, e visa sugerir, de alguma forma, que o instituto que aceita políticos ou bancos como clientes aceitaria também modificar o resultado final da pesquisa, distorcendo a realidade encontrada pelos entrevistadores. Se for este o caso, estaríamos diante de uma acusação gravíssima. Em vez de diferenças metodológicas aceitáveis do ponto de vista científico, haveria um fosso moral entre o Datafolha e seus concorrentes.
Numa rodada de pesquisas divulgada em meados de agosto, no entanto, a curva de intenção de votos pró-Dilma apurada pelo Datafolha começou a subir de forma mais rápida, tornando os resultados dos três institutos mais parecidos. O fenômeno alegado para o aumento acentuado foi a entrevista de Dilma Rousseff no Jornal Nacional. Na rodada divulgada pelo Datafolha neste sábado, 21 de agosto, Dilma aparece ainda mais distante de Serra, sendo capaz de vencer a eleição em primeiro turno. O Datafolha, único que não trabalha para políticos e único que há um mês apontava empate técnico entre Dilma e Serra, prevê agora uma possível vitória acachapante do PT – exatamente como sugeriam os resultados apurados pelo Vox Populi e pelo Ibope.
Tudo indica que Dilma vem crescendo de forma consistente. E há sinais de que realmente possa vencer a eleição em primeiro turno, caso nada aconteça. O momento em que cada instituto fotografa a tendência do eleitor muda segundo as variáveis adotadas, decididas por estatísticos sérios. A metodologia empregada pelo Vox Populi e pelo Ibope foi mais ágil para captar a subida de Dilma. O Datafolha levou mais tempo, mas captou também. Agora todos mostram um resultado muito parecido, independente de trabalharem para políticos ou não. Transformar a diferença técnica existente entre os grandes institutos do país numa disputa de cunho ético como sugere o Datafolha com seu mantra atrapalha o eleitor em vez de orientá-lo.

Economia

Economia
quinta-feira, 19 de agosto de 2010 8:23
Japão pode anunciar novas medidas para conter alta do iene, diz jornal
BC japonês expandiria os recursos que oferece às instituições financeiras para US$ 350,6 milhões, dos US$ 233,7 milhões atuais
Clarissa Mangueira, da Agência Estado


TÓQUIO - O banco central do Japão (BOJ, na sigla em inglês) vai considerar a adoção de medidas adicionais para combater a valorização do iene e a queda dos preços das ações, afirmou o jornal japonês Sankei Shimbun.
Uma das medidas em estudo, segundo o jornal, é a expansão dos recursos que a autoridade monetária oferece às instituições financeiras a uma taxa fixa de 0,1%, para 30 trilhões de ienes (US$ 350,6 milhões), dos atuais 20 trilhões de ienes (US$ 233,7 milhões), ou o prolongamento dos empréstimos de três meses para seis meses.
O Sankei Shimbun também destacou que o BOJ pode anunciar novas medidas em uma reunião emergencial do seu comitê de política monetária antes do encontro entre o primeiro-ministro do país, Naoto Kan, e o presidente do banco central, Masaaki Shirakawa, previsto para a próxima segunda-feira. As informações são da Dow Jones.

Postada por Ana Cassiane

Saúde

19/08/2010 - 17h00

Hospital público troca corpo de pacientes em Salvador

São Paulo - O hospital estadual São Jorge, em Salvador, trocou os corpos de duas pacientes que morreram ontem na instituição. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o erro foi cometido por um funcionário que cuida da liberação das macas com corpos ao Instituto Médico Legal (IML). Ele não seguiu o protocolo de segurança de liberação, o que teria ocasionado o erro.
Os dois corpos seriam encaminhados ao IML, um deles foi liberado primeiro pela polícia, mas, com o erro, o outro é que foi primeiramente levado aos legistas. Quando o corpo já havia sido liberado, a família percebeu o erro. O hospital foi comunicado e a troca desfeita. A instituição abriu uma sindicância para apurar o caso. O funcionário apontado como culpado deve ser ouvido ainda nesta semana.

UOL Notícias
Postado por Flaviane Raposo