quarta-feira, 4 de maio de 2011

MAL DE ALZHEMER

Pessoa com mais de 50 anos que se encontram em um quadro de obesidade ou sobrepeso têm mais chances de desenvolver algum tipo de demência como a doença de mal de alzhamer

Cobertura completa do casamento do príncipe William e Kate Middleton




Quando se pensa em uma monarquia, uma questão que logo vem à cabeça é como países modernos e desenvolvidos podem conviver com um regime que parece antiquado. No Reino Unido, por exemplo, apenas 13% da população gostaria de ver os reis fora de seus cargos. O “Sem Fronteiras” do dia 21 inicia a cobertura especial do canal falando sobre duas monarquias europeias: a do Reino Unido, que atualmente está sob os holofotes por causa do casamento do príncipe, e a da Espanha cujo rei curiosamente é um grande defensor da democracia e da unidade no país. No especial, exibido a partir das 23h30, o correspondente Sílio Boccanera disseca a monarquia britânica, entrevistando monarquistas e republicanos, e a repórter Miriam Dutra explora a monarquia espanhola do rei Juan Carlos I e suas peculiaridades.

No domingo, dia 24, o “Globo News Especial” mostra como a realeza influencia o imaginário coletivo nos quatros cantos do mundo. O programa vai entrar no encantado “universo das princesas” mostrando os tradicionais bailes de aniversário de quinze anos que até hoje atraem as jovens. Adolescentes como a atriz Bruna Marquezine falam ao programa sobre a sensação especial de se sentir princesa por um dia no baile de debutante e uma psicóloga explica a importância da presença dos príncipes e princesas dos contos de fadas, no imaginário das jovens durante a fase de transição da infância para a adolescência. No especial, que vai ao ar às 20h30, a repórter Ana Carolina Raimundi entrevista ainda uma princesa da família real brasileira e a produtora de eventos Roberta Niemeyer, que ajuda a transformar, através das festas de aniversário que organiza, o sonho de ser princesa em realidade.

No dia seguinte, às 23h30, o “Milênio” aproveita o casamento do Príncipe William com a plebeia Kate Middleton para olhar a monarquia com outros olhos. A família real britânica, uma instituição ainda presente com muita força no imaginário do público em todo o planeta, também enfurece um grupo cada vez maior de intelectuais europeus que veem a monarquia como ultrapassada, cara, elitista, fútil e antidemocrática. O especial exibe entrevista exclusiva do correspondente Silio Boccanera com o cientista político Graham Smith, principal dirigente da organização britânica “Republic”, que defende o fim da monarquia e sua substituição por uma república, com um chefe de estado cerimonial eleito, em vez de escolhido por herança.

Dia 27, o “Arquivo N”, apresentado por Leilane Neubarth, viaja no tempo explorando imagens de todos os casamentos reais e suas coberturas jornalísticas. O programa vai ao ar a partir das 23 horas. Na sexta-feira, dia 29, data da cerimônia real que será realizada na Abadia de Westminster em Londres, o “Conta Corrente” exibe um especial que mostra o negócio rentável que é a indústria do casamento. Segundo estimativas, ela movimentou, no Brasil, cerca de R$10 bilhões em 2010. O programa fala ainda sobre o investimento feito no casamento do príncipe William, mostrando os números de quanto foi gasto com o evento e quanto se faturou pelo mundo com a venda de brindes com a foto do casal. O especial vai ao ar a partir das 19h30.


postado por: Miliane Arruda.

Bin Laden: Ele “odiava mais os inimigos do que amava os filhos"

Osama guerreiro, garantem muitos “mujahedin”, é mais mito do que realidadeOsama guerreiro, garantem muitos “mujahedin”, é mais mito do que realidade
Acreditava que tinha uma missão e por causa dela, abdicou de uma vida de privilégio. Queria que todos os muçulmanos vingassem a sua morte. Conseguiu ser morto por uma bala mas dificilmente deixará o legado com que chegou a sonhar
Um dia, Osama bin Laden convocou uma reunião com os seus combatentes e quis que todos os filhos estivessem presentes. A família vivia em Kandahar, o berço do movimento taliban, no Sul do Afeganistão, numa casa sem electricidade onde a comida escasseava, rodeada por outras casas simples habitadas por leais seguidores. “A palestra foi a respeito das alegrias do martírio, de como era a maior das honras para um muçulmano dar a vida pelo islão”, conta Omar bin Laden (“A minha vida com Osama bin Laden”, ASA).

“Quando a reunião acabou, o meu pai chamou os filhos, incluindo os mais novos. […] Estava, o que era raro, de bom humor. […] Depois de nos termos sentado no chão, formando um semicírculo aos pés dele, continuou: ‘Ouçam, meus filhos, há um papel afixado na parede da mesquita. Esse papel é para homens que sejam bons muçulmanos, homens que se ofereçam para ser bombistas suicidas.’ Olhou para nós com um brilho de expectativa nos olhos”, descreve Omar. Primeiro, nenhum dos rapazes se mexeu. Osama repetiu o que tinha dito e Omar viu um dos irmãos mais novos sair a correr em direcção à mesquita.

Foi aí que percebeu que o pai “odiava mais os seus inimigos do que amava os filhos”. “Como nos pode pedir uma coisa dessas?”, perguntou-lhe indignado. “Omar, precisas de saber isto. Não ocupas mais lugar no meu coração do que qualquer outro homem ou rapaz deste país. Isso é igual para todos os meus filhos”, respondeu Osama.

O episódio relatado por Omar passa-se em 2001, meses antes dos atentados que levariam Osama a sair das trevas para se tornar num dos rostos mais conhecidos do mundo. Já era o “inimigo número um” dos Estados Unidos, assim declarado pelo Presidente Bill Clinton depois do primeiro atentado contra o World Trade Center, em 1993. Mas a maioria dos milhões que, um pouco por todo o mundo, passaram a ver nele a “face do mal” (“o diabólico”, como lhe chamou o Presidente George W. Bush) ou a última esperança de líder para a “umma” (a nação muçulmana), capaz de resgatar o esplendor e a importância do islão no mundo, ainda não sabiam sequer que ele existia quando decidiu convidar os filhos a cometer martírio.

Um boi e uma melancia

Os Bin Laden são originários de Hadhramaut, uma região mágica do Iémen, com deserto, oásis, penhascos e construções de alturas e localizações impossíveis. Milagres, acasos e lendas que marcam a saga da família.

Por exemplo: ameaçado de morte por causa de um empréstimo que pediu para comprar um boi e não conseguiu pagar devido à morte precoce do animal, Awahd, o avô de Bin Laden teve de mudar de planalto e recomeçar. Foi na nova casa, em Wadi Doan, que nasceu o pai de Osama, Mohamed. Sobre Wadi Doan há uma lenda que Steve Coll descreve no seu “Os Bin Ladens – Uma família árabe no século americano”: “Uma raça de gigantes destruiu as pedras do abismo até Deus se ter ofendido com a sua arrogância e a ter destruído através de uma tempestade de areia. Isto pode explicar a espantosa arquitectura: amontoados de encontro às paredes de pedra, erguem-se os gigantes arranha-céus das povoações acasteladas”.

Se não fosse o boi talvez a vida dos Bin Laden tivesse seguido outro caminho. E se Awahd não tivesse morrido quando Mohamed tinha apenas onze anos, talvez este não se tivesse decidido a deixar para trás Hadhramaut e os seus penhascos e a tentar a sorte em Jidá. Mohamed e o irmão iam morrendo de fome para lá chegar: perdidos no deserto, depois de uma violenta tempestade, descobriram uma quinta e ali uma melancia que comeram, sentindo-se renascer, conta Coll. Jidá era “um porto varrido pelas doenças, sem uma única rua pavimentada”. Mas para Mohamed, que vira “os orgulhosos arranha-céus” de Wadi Doan, construídos por gente que fizera “fortuna em todo o tipo de locais improváveis”, era “um lugar cheio de oportunidades”.


postado por: Gabriel G. Nunes