sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Ciência e Tecnologia


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Facebook anuncia compra do aplicativo WhatsApp por US$ 16 bilhões


O Facebook anunciou nesta quarta-feira (19) ter chegado a um acordo para a compra do aplicativo WhatsApp. A transação totalizará US$ 16 bilhões (cerca de R$ 38,25 bilhões): US$ 4 bilhões (R$ 9,56 bilhões) em dinheiro e aproximadamente US$ 12 bilhões (R$ 28,68 bilhões) em ações da rede social.

A aquisição pode chegar a US$ 19 bilhões (R$ 45,42 bilhões), porque prevê pagamento adicional de US$ 3 bilhões (R$ 7,17 bilhões) em ações, para fundadores e funcionários, nos próximos quatro anos.

Curiosidades sobre a compra

"Isso é o que mudará para vocês, nossos usuários: nada", diz um post publicado no blog oficial do WhatsApp. "O WhatsApp continuará autônomo e operando de forma independente. [...] Não haveria parceria entre as duas empresas se tivéssemos de comprometer os princípios que sempre definirão nossa companhia, nossa visão e nosso produto."
Para especialistas, a aquisição pode aumentar a representatividade do Facebook em alguns mercados e entre diferentes públicos (os jovens, por exemplo, que vêm abandonando a rede social).
O aplicativo de comunicação instantânea e o Facebook Messenger funcionarão de forma separada. A marca WhatsApp será mantida, e a sede da empresa adquirida continuará funcionando em Mountain View (o Facebook fica em Menlo Park; as duas cidades são na Califórnia). Jan Koum, hoje diretor-executivo do WhatsApp, se juntará à diretoria do Facebook.
Em comunicado oficial, o Facebook anunciou que mais de 450 milhões de pessoas usam o WhatsApp mensalmente, sendo que 70% deles usuários diários ativos. A companhia divulgou ainda que o "volume de mensagens se aproxima à quantidade total de mensagens de texto via celular [SMS] em todo o mundo".
As empresas declararam que a aquisição está alinhada com a missão que as duas têm de "levar mais conectividade e utilidade ao mundo, entregando serviços de internet importantes de forma eficiente e acessível".
"O WhatsApp está a caminho de conectar 1 bilhão de pessoas. Os serviços que conseguem esse feito são incrivelmente valiosos", afirmou Mark Zuckerberg em comunicado (o Facebook tem 1,23 bilhão de usuários ativos no mês).
Em fevereiro de 2012, a maior rede social do mundo comprou o aplicativo Instagram por US$ 1 bilhão - na época, o serviço de fotos tinha 30 milhões de usuários.
Histórico
O WhatsApp foi criado por Brian Acton e Jan Koum em 2009. Ambos eram ex-funcionários do Yahoo!.

O aplicativo é um substituto do SMS (mensagens de texto via celular). Ele usa o plano de dados de um smartphone para enviar mensagens aos contatos que também têm o software. O programa está disponível gratuitamente, por um ano, para as principais plataformas de sistema operacional (iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry). Depois de 12 meses, a empresa cobra US$ 1 (cerca de R$ 2,35) para cada ano de uso.
Em dezembro de 2013, o WhatsApp anunciou a marca de 400 milhões de usuários ativos. "Quando dizemos que vocês [usuários] fizeram isso ser possível, falamos sério. O WhatsApp só tem 50 funcionários, e a maioria é composta por engenheiros. Chegamos a esse ponto sem gastar um dólar em propagandas ou em campanhas de marketing", informa um post da companhia.
Diferente de seus concorrentes, o WhatsApp ganha dinheiro apenas com a anuidade paga pelos usuários. O aplicativo não oferece jogos ou recursos extras pagos.
Namoro antigo 
De acordo com o site "Business Insider", o namoro entre o Facebook e o WhatsApp começou em 2012 e foi selado na última sexta-feira (14) – data em que se comemora o dia dos namorados nos Estados Unidos. Mark Zuckerberg teria se encontrado duas vezes em 2012 com Koum e, depois disso, mantiveram contato em durante alguns jantares e caminhadas.


Paper: conheça o app do Facebook que dá destaque a notícias

As fontes do site dizem que Zuckerberg interessou-se pelo WhatsApp por três motivos: o serviço deve chegar a 1 bilhão de usuários logo, o aplicativo tem uma taxa de retorno (pessoas que voltam a usá-lo diariamente) de 70% e por ele achar que a plataforma será tão grande quanto a busca do Google ou o YouTube.

A conversa ficou séria em 9 de fevereiro, quando Zuckerberg, durante um jantar em sua casa, fez a proposta de "fusão" entre as companhias. De acordo com o site, Zuckerberg disse que não seria um processo de aquisição convencional, mas sim uma "parceria". O diretor-executivo do WhatsApp não respondeu na ocasião.

Na sexta-feira, Koum foi até a casa de Zuckerberg. Ele interrompeu o jantar do dia dos namorados entre o fundador do Facebook e Priscilla Chan, sua mulher, para falar que gostaria de fechar o negócio. Os valores, diz o site, foram discutidos durante a sobremesa de morangos com chocolate.

Aquisições

O valor pago pelo Facebook é um dos maiores do ramo de tecnologia. A transação mais recente e com valor aproximado foi quando o Google comprou a Motorola, em 2011, por US$ 12,5 bilhões.
Recentemente, a varejista japonesa Rakuten comprou um dos competidores do WhatsApp, o aplicativo Viber – que, além de enviar mensagens instantâneas, também permite ligações pela web. O valor pago pelo grupo asiático foi de US$ 900 milhões.
Em abril de 2013, havia rumores de que o Google compraria o WhatsApp por US$ 1 bilhão. No entanto, os fundadores da companhia disseram na época que a companhia não estava à venda. A "Fortune" divulgou também que o Google teria oferecido US$ 10 bilhões pelo app.
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Extraído do UOL Notícias de 19/02/14
Enviado por Luan, da Turma 903 do Varella.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Esportes



Felipão chama Fred e evita novidades em último amistoso pré-Copa

 

Não houve espaço para novidades na segunda parte da convocação da seleção brasileira para o amistoso do dia 5 de março contra a África do Sul. O goleiro Jefferson e os atacantes Fred e Jô foram os atletas que atuam no Brasil chamados pelo técnico Luiz Felipe Scolari para o último teste antes da lista final para a Copa do Mundo.
"É mais uma oportunidade para reunir o grupo, a última antes da convocação final da Copa do Mundo. Será um teste importante, com uma seleção africana, que recentemente venceu a Espanha, e um bom momento para conversar com os jogadores e a comissão técnica sobre o planejamento para a competição", disse Felipão.
A convocação complementou a que havia sido realizada por Felipão no último dia 11, na qual apenas atletas que atuam no exterior foram chamados. A relação foi dividida em duas partes para aguardar Fred, que se recuperava de lesão. Mesmo sem apresentar um bom futebol desde seu retorno, o atacante do Fluminense foi confirmado pelo treinador.
 Diante das constantes contusões de Fred, havia a expectativa de que Felipão testasse outros nomes para substituir o jogador do Fluminense em caso de uma lesão às vésperas da Copa. Leandro Damião, Diego Tardelli e Alan Kardec apareciam entre os cotados, mas ficaram fora.
Jô, que voltou a ser convocado mesmo com a 'sombra' de vários concorrentes, celebrou o chamado de Felipão. "Fiquei muito feliz quando vi essa convocação. Espero corresponder em campo essa confiança que o treinador está depositando em mim. Esse amistoso será muito importante para moldar o grupo que defenderá o Brasil no mundial. Isso faz com que o time vai ser firmando, entrosando, mas não tem nada garantido. É muita alegria estar nessa lista".
A delegação da seleção viajará para Johanesburgo, na África do Sul, no dia 1º de março. A convocação para a Copa do Mundo será divulgada somente em 7 de maio, quando o Brasil iniciará sua preparação para a competição.
( Extraído do site UOL Copa)
Postado por Luiz Fernando - 903

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Preconceito Racial

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 " Uma características que nós negros carregamos é a capacidade de sentir na pele o sofrimento a que qualquer um de nós seja submetido"

“O negro segura a cabeça com a mão e chora”


Nego Tenga ¹

Por Valmir Assunção*

Tem uma máxima que repetimos: a vida não para. De fato, o tempo corre em uma única direção, não há como fazê-lo estacionar e, portanto, parar a vida. Se é verdade que não tem como interromper o curso cronológico da vida, também o é dizer que as vezes ela nos força a parar, não pausando o tempo, mas nos fazendo pensar se a maneira como a vida está se passando é realmente a melhor.

Esses dias a vida me parou e me perguntou se eu estava satisfeito. Me perguntou, não mostrando o que de bom já vivenciei, mas estampando em minha face imagens chocantes de dois jovens negros espancados e acorrentados, e uma ainda pior de uma execução em público de outro jovem, de outro negro.

A minha vida política, a minha militância, sempre foi atrelada umbilicalmente ao combate a esses tipos de violências impulsionadas pelo racismo, e embora eu lute e saiba que coisas semelhantes a essas acontecem centenas de vezes todos os dias, essa fez a minha vida parar.

Se tem uma características que nós negros e negras carregamos é a capacidade de sentir na pele o sofrimento a que qualquer um de nós seja submetido. O agravante que me fez entrar em uma profunda reflexão acerca da sociedade foi que não houve uma unanimidade de condenação de tais atitudes, ao contrário, muita gente defendeu a ação destes criminosos, que espancaram e amarraram uma pessoa, inclusive uma âncora de um telejornal em rede nacional.

O grande problema é que depois de mais de um século da abolição da escravidão, aos negros e negras ainda são destinados, espaços, papéis e funções sociais. Não são eles que constroem sua identidade, seu espaço, mas uma elite que estabelece estes limites. Um negro acorrentado no pescoço, ou executado em via pública e movimentada, infelizmente, está dentro do papel social que foi atribuído a ele.

Saímos das Senzalas e nos jogaram nos “Pedrinhas” da vida, e em vários outros presídios de um sistema carcerário absolutamente cruel desumano.

Alguns anos atrás um tanto de estudantes de direito, brancos, bem vestidos, entrou em um bar, comeu, bebeu e saiu sem pagar, ou seja, roubou o bar. Se um estudante desse fosse espancado e amarrado num poste por um grupo de “vingadores” negros não haveria divisão de opinião, ela seria uma só, qual seja, prendam esses criminosos que espancaram uma pessoa e amarraram.

Isso se justifica pelo fato de nunca existiram brancos amarrados pelo pescoço pelo que quer que tenham feito, quem é preso, açoitado, mutilado e assassinado ao longo da história sempre são os negros. O espaço social, o papel que a sociedade deu e parte dela ainda dá aos negros é o de estar nu, espancado e amarrado pelo pescoço em poste no meio da rua. Foi assim com Zumbi, foi assim com Maria Felipa, foi assim com João de Deus, foi assim com Mandela, foi assim com Malcom X e tantos outros.

Em episódio que também nos causa revolta, uma professora de ensino superior fotografou uma pessoa no aeroporto e escreveu a singela legenda: “Rodoviária ou Aeroporto?”. A atitude da professora tem o mesmo princípio que levou as barbaridades acima descritas, quem pode ocupar determinados espaços. Aeroporto sempre foi símbolo de uma elite preconceituosa, que não admite dividir seu espaço de privilégio com aqueles e aquelas que sempre foram seus “empregados”.

Me preocupa pois, nos últimos 12 anos dos nossos governos petistas, elevamos a condição de vida de milhões de pessoas. As nossas políticas deram a uma parte da sociedade que estava excluída o direito de consumir, de adquirir bens e serviços que até então lhes eram negados. E fizemos o correto. Mas precisamos reconhecer que falhamos na disputa de valores em nosso país.

Quando o “bandido bom é bandido morto” compete em pé de igualdade com o “precisamos reduzir as desigualdades, igualar as condições e proporcionar vida de qualidade para todos” é sinal de que a disputa ideológica de fundo está se acirrando. Não tenho dúvidas de que a presidenta Dilma será reeleita, mas também não tenho dúvidas de que assim será menos pelos valores de fraternidade, solidariedade que defendemos do que pelo fato de as pessoas terem economicamente melhorado de vida.

A nossa tarefa é casar a melhoria de vida das pessoas, necessária e ainda a ser ampliada, com uma disputa real ideológica da nossa sociedade. Demos condições para que mais jovens tivessem acesso à universidade, aos meios de comunicação, mas não mexemos nas grades curriculares das universidades, na linha pedagógica das escolas, muito menos democratizamos os meios de comunicação.

Sendo assim, as pessoas hoje têm acesso rápido à informação, as pessoas hoje conseguem entrar na universidade, o problema é que as informações que lhes são dadas pelos grandes meios de comunicação, a formação que lhes é dada na universidade, não conduzem para uma emancipação e solidariedade, ao contrário são meios potentes de disseminação do conservadorismo. Aqueles jovens que antes não faziam parte do raio de atuação desses meios, hoje fazem.

Precisamos mudar este cenário, evitar que mais pessoas passem por humilhações e violências por conta dessa lógica social perversa que existe no mundo e no Brasil. Posso dizer que se é verdade que “o negro segura a cabeça com a mão e chora”, toda vez que um de sua raça sofre uma violência, sobretudo que nos remeta ao triste e sofrido tempo da escravidão, é verdade também que o sangue da resistência, da luta e da inconformidade que corre em nossas veias faz nosso coração pulsar cada vez mais forte para lutarmos cada vez mais.

*Valmir Assunção, negro, deputado federal pelo PT-BA
¹O título do artigo remete a um verso da música de Nego Tenga

Extraído do blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim